terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Formação de Portugal

A formação do Reino de Portugal

A luta pela independência
Entre os séculos XI e XIII, as lutas entre cristãos e muçulmanos foram muito renhidas, levando à formação de vários reinos e condados cristãos.
Para essas guerras, os reis cristãos da Península Ibérica pediram ajuda a outros reis da Europa que enviaram cavaleiros cristãos - os Cruzados. Entre estes cruzados destacaram-se D. Henrique e D. Raimundo, dois cavaleiros franceses.
Como recompensa pela ajuda prestada na luta contra os muçulmanos, o rei de Leão (D. Afonso VI) deu:
a D. Raimundo, o Condado da Galiza e uma das suas filhas, D. Urraca, (filha legítima) para casar;
a D. Henrique, o Condado Portucalense e outra sua filha (ilegítima), D. Teresa, em casamento, no ano de 1096.
O Condado Portucalense situava-se entre os rios Minho e Mondego e tinha a sua sede no Castelo de Guimarães. A D. Henrique competia a defesa e o governo do Condado que não era, no entanto, independente pois D. Henrique devia obediência, lealdade e ajuda militar ao rei de Leão, D. Afonso VI.
D. Henrique sempre desejou tornar o Condado Portucalense independente do reino de Leão, mas morreu em 1112, ficando a governar a viúva, D. Teresa, uma vez que o filho, D. Afonso Henriques, era ainda muito novo.
D. Teresa, que também pretendia a independência do Condado, pediu, para tal, ajuda à nobreza da Galiza.
Os nobres portugueses, não concordando, convenceram D. Afonso Henriques a revoltar-se contra a mãe.
Formaram-se então dois "partidos": um, a favor de D. Teresa; outro, a favor de D. Afonso Henriques.
Os dois "partidos" confrontaram-se na Batalha de S. Mamede (em 24 de Junho de 1128), próximo de Guimarães, tendo D. Afonso Henriques saído vencedor e passado a assumir, ainda muito novo, o governo do Condado. Segundo a tradição, D. Teresa foi aprisionada no castelo de Póvoa do Lanhoso
A D. Afonso Henriques não bastava a autonomia do Condado Portucalense pois queria a sua total independência.
Para tal, teve de lutar em várias frentes:
- contra o rei de Leão e Castela, para obter a independência: batalhas de Cerneja e Arcos de Valdevez;
- contra os muçulmanos, para alargar o território: batalha de Ourique;
- difíceis negociações com o Papa para que este reconhecesse Portugal como reino independente.
A sua luta veio a ter sucesso, pois o rei de Leão e Castela reconheceu a independência de Portugal através do Tratado de Zamora, assinado em 1143 (5 de Outubro).
Surge assim um novo reino: Portugal.
O rei era a autoridade máxima:
- Governava o país;
- Fazia as leis;
- Aplicava a justiça;
- Decidia da paz e da guerra;
- Chefiava os exércitos.
Portugal passou a ser uma monarquia, entre 1143 e 1910, porque quem governava o país era um monarca (rei). Esta monarquia era hereditária pois ao rei sucedia o filho mais velho.
A reconquista portuguesa fez-se com avanços e recuos.
Em 1145 é conquistada Leiria;
Em 1147 é conquistada Santarém utilizando-se a táctica do assalto;
No mesmo ano é conquistada Lisboa, que esteve cercada, por rio e por terra, cerca de 4 meses.
Com a conquista de Santarém e Lisboa, a fronteira chegava ao rio Tejo.
Em 1179,o Papa Alexandre III reconheceu a independência do reino de Portugal, através da Bula Manifestis Probatum.
Bula Manifestis Probatum
“Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, in 'perpetuum' (para sempre).
Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação.
Deve a Sé Apostólica amar com sincero afecto e procurar atender eficazmente, em suas justas súplicas, os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo. Por isso, Nós, atendemos às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a protecção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos.
E para que mais te fervores em devoção e serviço ao príncipe dos apóstolos S. Pedro e à Santa Igreja de Roma, decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros e, com a ajuda de Deus, prometemos defender-lha, quanto caiba em nosso apostólico magistério”
Quando D. Afonso Henriques morreu, em 1185, já havia sido conquistado quase todo o Alentejo.
No reinado de D. Afonso III (1245-1279) foi conquistado, definitivamente, o Algarve (1249).
O rei passou a usar o título de “Rei de Portugal e do Algarve”.
Nestas conquistas, os reis tiveram a ajuda dos senhores nobres, dos monges-cavaleiros (combatiam a cavalo e recebiam terras como pagamento dos serviços prestados) e dos homens do povo (camponeses e artesãos) que combatiam a pé.
Em 1297, D. Dinis (rei de Portugal) e D. Fernando (rei de Castela) assinaram o Tratado de Alcanises que estabeleceu as fronteiras de Portugal.
Portugal , à excepção de Olivença, mantém, actualmente, as mesmas fronteiras da 1297.
Para testar os conhecimentos:
NOTA: Não esquecer as datas e os séculos e os reis da Primeira Dinastia.

8 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ana beatriz disse...

ola stor

ja fiz o teste e correu-me bem

Anónimo disse...

Correu-me bem!

Era fácil.





Lara Santos

barbara disse...

Tive 100%.

ana beatriz fonseca disse...

OLA stor
fiz outra vez e era mesmo muito fácil

anakfixe disse...

ola denovo

dou uma sugestao para por uma musica:
pode ser after the love dos r.i.o.

Anónimo disse...

oi stor ja fiz o teste e correu bem !




Henrique LOurenço

Anónimo disse...

vou fazer amanha